O Náutico, clube de grande tradição no cenário esportivo do Brasil, está mais uma vez às vésperas de uma eleição presidencial crucial. Com as inscrições agora abertas, a data marcada para a tomada de decisão é o dia 12 de novembro, no estádio dos Aflitos. Este evento eleitoral será marcado como o oitavo bate-chapa na história do clube, onde os sócios terão o poder de escolher os próximos mandatários do Executivo e do Deliberativo para o biênio 2024-2025. Para entender melhor o contexto, vamos dar uma olhada nas eleições passadas que moldaram o destino do Náutico.
Primeiros Bate-Chapas: 1978 e 1979
Os dois primeiros bate-chapas na história do Náutico ocorreram em 1978 e 1979. Nestas ocasiões, somente os conselheiros tinham o direito de voto. João de Deus Ribeiro emergiu como vitorioso em ambas as disputas, derrotando Virgínio Cabral de Melo e José Ventura, respectivamente.
Inclusão dos Sócios na Votação: 2009 e 2011
A terceira disputa bate-chapa aconteceu em 2009, quando Berillo Júnior venceu Paulo Alves. No ano seguinte, em 2011, o Náutico introduziu uma inovação importante: a votação passou a incluir os sócios pela primeira vez na história do clube. Com quase 70% dos votos, Paulo Wanderley, representando a situação, triunfou sobre Marcílio Sales e Paulo Henrique.
Vitória da Oposição: 2013
A eleição de 2013 marcou a primeira vitória da oposição em um bate-chapa do Náutico. Glauber Vasconcelos conquistou mais de 70% dos votos, derrotando Marcílio Sales, Alexandre Homem de Melo e Alberto Souza, em um pleito com o maior número de candidatos até aquele momento e a maior participação de associados.
Disputa Acirrada: 2015
A eleição de 2015 ficou conhecida como a mais acirrada na história do Náutico. Marcos Freitas emergiu como vencedor, superando Edno Melo por apenas dez votos. Contudo, Marcos Freitas deixou o cargo pouco tempo depois, com o vice, Ivan Brondi, assumindo a presidência.
Reeleições e Mudanças: 2017, 2019 e 2021
Brondi, por sua vez, renunciou em 2017, e Edno Melo, derrotado na eleição anterior, foi aclamado presidente. Em 2019, a história se repetiu, sem bate-chapa, e Edno Melo continuou como presidente. As últimas eleições presidenciais do Náutico ocorreram em 2021, quando Diógenes Braga, então vice-presidente na gestão de Edno, venceu Plínio Albuquerque e Bruno Becker. Notavelmente, em 2023, o atual mandatário optou por não buscar a reeleição.
Quem Pode Participar?
Nas eleições do Náutico, têm direito de voto os sócios maiores de 18 anos das seguintes categorias: Grandes Beneméritos, Beneméritos, Eméritos, Contribuintes, Remidos, 100% Timba, Branco de Paz, Patrimonial e Vermelho de Luta. Os associados de outras categorias não têm esse privilégio. Além disso, é necessário ser sócio do clube há pelo menos um ano e estar em dia com as contribuições nos seis meses anteriores à eleição.
Requisitos para Candidatos
Os postulantes aos cargos devem ser sócios com idade a partir de 30 anos, associados por no mínimo três anos e adimplentes por pelo menos dois anos (desde outubro de 2021). Eles também devem ter um histórico limpo (sem condenações em segunda instância) e não podem ter sido anistiados do pagamento de suas contribuições há pelo menos dois anos.
Além da escolha dos presidentes, serão eleitos 270 conselheiros, com mandato de quatro anos, sem limite de reeleição. Esses conselheiros, por sua vez, escolherão mais 30 membros, totalizando 300 no grupo. As eleições do Náutico continuam a ser um marco importante na vida do clube, moldando seu futuro e determinando quem liderará o Timbu nos próximos anos.
